Aspectos empresariais da construção naval no século xvi: O caso da Ribeira das Naus de Lisboa

Analise Social

Volumn 31, Issue 136-137, 1996, Pages 295-312

  Costa, Leonor Freire ^a  

^a UNIVERSITY OF LISBON   (Portugal)

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EID: 84889854827     PISSN: 00032573     EISSN: None     Source Type: Journal    
DOI: None     Document Type: Article

References (40)

1. André Lespagnol, «L'entreprise d'État», in S. Cavaciocchi (ed.), L'Impresa, industria, commercio, banca, secc. XIII-XVIII. Atti delle «Settimane di studi» e altri convegni, Firenze, 1991, p. 702.
2. M. Aymard, «L'entrepreneur dans la société de sons temps», in S. Cavaciocchi (ed.), ob. cit, L'Impresa, industria, commercio, banca, secc. XIII-XVIII. Atti delle «Settimane di studi» e altri convegni, p. 795.
3. André Lespagnol, ob. cit., L'Impresa, industria, commercio, banca, secc. XIII-XVIII. Atti delle «Settimane di studi» e altri convegni, p. 693.
4. A Arte da Guerra no Mar, Lisboa, Bertrand, s. d., pp. 28-32.
5. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões na Ribeira de Lisboa. A Construção Naval no Século XVI para a Rota do Cabo, trabalho de síntese apresentado em provas de aptidão pedagógica e capacidade científica no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, 1983, p. 224. Informações obtidas nas cartas de quitação passadas aos tesoureiros e almoxarifes dos Armazéns de Guiné e Índia nos períodos de 1521-1525, 1525-1530 e 1535-1539.
6. Tal como no Arsenal da Senhoria de Veneza, onde os ferreiros aí empregados produziam a ferramenta necessária aos carpinteiros (v. F. Lane, Navires et constructeurs à Venise pendant Ia Renaissance, Paris, 1965, p. 159).
7. Para a organização do estaleiro de Goa, v. Simão Botelho, «Tombo do Estado da Índia (1554)», in R. J. de Lima Felner, Subsídios para a História da Índia Portuguesa, Lisboa, Academia das Sciências, 1868, pp. 64-67.
8. Uma base de confronto possível encontra-se na reconstituiç ão da actividade dos estaleiros de Aveiro para a década de 1540 e na carta de quitação passada a um dos almoxarifes da Ribeira nos anos de 1540-1542, a única que discrimina os navios que lhe ficaram em receita provenientes do anterior detentor do cargo e aqueles de cuja produção o próprio foi responsável. Se atribuirmos uma arqueação média de 300 toneladas a cada um dos 5 navios de grande porte, em dois anos a Ribeira das Naus teria produzido 1500 toneladas. Em Aveiro lançavam-se ao mar, em média, 6 navios por ano. Se olharmos para um dos picos de actividade, em 1549 foram concluídas 11 embarcações, que, no total, representam 730 toneladas (v. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões.., pp. 92 e 216).
9. J. R. Bruijn et al, Dutch Asiatic Shipping in the 17th and 18th Centuries, Haia, 1987, vol. i, p. 52.
10. Refira-se a obra fundamental sobre o tema de V. Magalhães Godinho, Os Descobrimentos e Economia Mundial, Lisboa, Presença, 1981-1983.
11. H. Quirino da Fonseca, Os Portugueses no Mar. Memórias Históricas e Arqueológicas das Naus de Portugal, Lisboa, 2.a ed., 1989.
12. Leonor Freire Costa, ob cit., Os Portugueses no Mar. Memórias Históricas e Arqueológicas das Naus de Portugal, p. 83, quadro síntese.
13. D. J. M. Ford, Letters of John III, King of Portugal, Cambridge, Mass., 1931, p. 95.
14. Orçamento que se fez do que custa a el rei N. Sr. um quintal de pimenta (1558), ANTT, Corpo Cronológico, P. I, M. 103, D. 31.
15. «Regimento do trato da pimenta, drogas e mercadorias da Índia», in Leys e Provisões que el Rey D. Sebastião fez, 1816, p. 81.
16. Para as respectivas cartas de nomeação, v. Sousa Viterbo, Trabalhos Náuticos dos Portugueses, Lisboa, 2.a ed., 1988, parte ii.
17. F. Lane, Navires et constructeurs à Venise pendant Ia Renaissance, Paris, 1965, pp. 51- -52.
18. João Brandão, «Majestade e grandezas de Lisboa em 1552», in Arquivo Histórico Português, vol. xi, 1919, pp. 64-65
19. e Cristóvão Rodrigues Oliveira, Sumario em que brevemente contam algumas cousas assi eclesiasticas como seculares que ha na cidade de Lisboa (1554), Lisboa, 1938, p. 84.
20. Para o conteúdo destas cartas de privilégio, v. Armando de Sousa Gomes, Carpinteiros da Ribeira das Naus, Coimbra, 1931
21. António Cruz, O Porto nas Navegações e na Expansão, Lisboa, 1983, pp. 149-173.
22. «Industrial management and the beginnings of industrialization in Europe», in S. Cavaciocchi, ob cit., O Porto nas Navegações e na Expansão, p. 104.
23. B. Geral da Marinha, Regimento dos Mestres da Ribeira, manuscrito 309. Cópia seiscentista de documento não datado. As suas disposições, embora pontualmente mais extensas, assemelham-se ao que constará dos capítulos respeitantes ao mesmo assunto do Regimento dos Armazéns de Guiné e Índia de 1674.
24. E. Estanislau Barros, Traçado e Construção das Naus Portuguesas dos Séculos XVI e XVII, 1933, p. 39.
25. Conforme a expressão constante da carta de nomeação de Gonçalo Rodrigues para mestre da Ribeira em que se afirma ter andado em demanda com Sebastião Themudo pela posse do ofício (texto da carta em Sousa Viterbo, ob. cit., Traçado e Construção das Naus Portuguesas dos Séculos XVI e XVII, p. 471).
26. João Brandão, «Majestade e grandezas de Lisboa», pp. 64-65.
27. F. Lane, ob. cit, Majestade e grandezas de Lisboa, p. 188.
28. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões.., p. 126.
29. ANTT, Gavetas, xxi, M. 3, D. 55, e Virgínia Rau, «Um grande mercador banqueiro em Portugal: Lucas Giraldo», in Estudos de História, Lisboa, 1968, p. 94.
30. «Ementa das armadas da Índia de 1560 a 1595», in Discursos sobre Io Comercio de Ias índias Orientales, ed. J. Frazão Vasconcelos e Raul César Ferreira, Arquivo Histórico da Marinha, vol. i, 1933-1936.
31. Sousa Viterbo, ob. cit., Arquivo Histórico da Marinha, p. 424.
32. A. R. Disney, A Decadência do Império da Pimenta. Comércio Português na Índia no Início do Século XVII, Lisboa, 1981. Particularmente elucidativos a este respeito os quadros do apêndice 3, pp. 204-214.
33. L Febvre, O Problema da Descrença no Século XVI, Lisboa, s. d., pp. 431-444.
34. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões.., pp. 227-287.
35. «O Livro primeiro da arquitectura naval», in J. G. Pimentel Barata, Estudos de Arqueologia Naval, Lisboa, 1989, vol. ii, p. 208.
36. «Descrição do terreno em roda da cidade de Lamego duas léguas», in Collecção de Inéditos da História Portuguesa, Academia Real das Sciências, t. v, 1824, pp. 587 e segs.
37. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões.., pp. 218-222.
38. «Ordenanza de 1613», in Gervasio y Gadalcano Artiñano, La Architectura Naval Española en Madera, Madrid, 1920, pp. 295-296.
39. Leonor Freire Costa, Naus e Galeões.., pp. 247-251. 311 50
40. Vejam-se as perspectivas controversas e as apreciações críticas de A. Hespanha a uma historiografia que busca nas sociedades de antigo regime as formas «embrionárias» de um Estado tal como as sociedades contemporâneas o concebem [As Vésperas de Leviathan. Instituições e Poder Político. Portugal, Século XVII, Lisboa, s. d. (1986), em especial pp. 739-744].