Poder, redes e ideologia no campo do desenvolvimento

Novos Estudos CEBRAP

Volumn , Issue 80, 2008, Pages 109-125

  Ribeiro, Gustavo Lins ^a  

^a UNIVERSITY OF BRASILIA   (Brazil)

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Development; Economic expansion; Power fields

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EID: 50049121932     PISSN: 01013300     EISSN: None     Source Type: Journal    
DOI: 10.1590/s0101-33002008000100008     Document Type: Article

References (59)

1. Compartilho da opinião de Rist segundo a qual a crítica precisa ser "entendida no seu sentido kantiano de exame livre e público ao invés de no seu sentido usual de julgamento desfavorável" (Rist, Gilbert. The history of development: from western origins to global faith. London, New York: Zed Books, 1997, p. 30).
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9. Minha opçãao por enfocar os projetos de grande escala é de ordem metodológica. Estou seguindo a idéia de Alfred Kroeber ("On human nature". Southwestern Journal of Anthroplogy, no 11, 1955, pp. 195-204) de que é preciso estudar "as malis extremas expressões" de uma série de fenômenos para melhor entendê-los. Os engenheiros militares primeiro, e depois os engenheiros civis tiveram um grande papel na estruturação desse campo, a partir do século XVIII (Ribeiro, Gustavo Lins. "Cuanto más grande mejor? proyectos de gran escala: una forma de producción vinculada a la expansióon de sistemas económicos". Desarrallo Económico, no 105,1987, pp. 3-27).
10. Ibidem.
11. Inspirado em Julian H. Steward (Theory of culture change: The methodology of multilinear evolution. Urbana e Chicago: University of Illinois Press, 1972), interpreto os níveis de integração como um espectro formado por níveis locais, regionais, nacionais, internacionais e transnacionais, com podores diferentes de estruturação. Para fins cle simplicidade e clareza, faço a seguinte equação: o nível local corresponde à localização de nossas experiências fenomenológicas imediatas diáarias, isto, à série de lugares onde uma pessoa ou um grupo executam atividades dirias regulates, interagindo com ousendo expostos a diferentes redes e instituições sociais. O nivel regional corresponde à definição político-cultural de uma região dentro de um nação, como o Sul dos Estados Unidos,ou a Galícia, na Espanha. Os nívein nacionais, internacionais e transnacionais se referem à existência do Estado-nao̧o e is diferentes relações dentro, fora e através dele.
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18. Ibidem.
19. Ibidem, p. 46.
20. Inspirado no conceito de teodicéia de Weber, um conceito relacionado ás várias formas pelas quais sistemas religiosos procuram interpretar a aparente contradição de persistência maléfica em um mundo divinamente ordenado, Herzfeld diz que a "teodicéia secular [...] provê meios sociais para as pessoas lidarem com a decepção. O fato de que os outros nem sempre contestam até mesmo m mais absurdas Lentativas de explicar o fracasso [pode ser] a evidência de uma orientação muito prática que se recusa a minar as convenções de auto-justifição porque virtualmente todos [...] podem precisar utilizá-las no curso da vida" (ibidem, p. 7).
21. Rich, op. cit.
22. Weber, op. cit., p. 708.
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24. Ibidem, p. 179.
25. Ibidem.
26. Ribeiro, Transnational Capitalism and hydropolitical in Argentina, op. cit.
27. Os argumentos seguintes estão baseados no meu estudo sobre a construção da repress de Yacyretá (ibidem). Mantendo as diferenças em mente, consorciação também acontece em projetos menores e naqueles que são implementados em nome do "desenvolvimento sustentável" (Pareschi, Carolina C. PD/A e PP-G7:construindo modelos de ação e interação do desenvolvimento sustentável. 2001 (mimeo).
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37. Herzfeld, op. cit., p. 110.
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39. Rist, op. cit., p. 241.
40. Ver Delvaille, Jules. Essai sur l'histoire de l'idée de progrès jusqu'àa la fin du XVIII siècle. Genève: Slatkine Reprints, 1969;
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45. Sobre etnodesenvolvimento, ver os textos de Stavenhagen, Rodolfo. "Etnodesenvolvimento: uma dimensão ignorada no pensamento desenvolvimentista". Anuário Antropológico, vol. 84, 1985, pp. 11-44;
46. e Davis, Shelton H. "Indigenous peoples, environmental protection and sustainable development (a sustainable development occasional paper)". International Union for Conservation of Nature and Natural Resources, 1988, por exemplo. No livro Autodesarrollo indígena en las Américas (IWGIA, Copenhagen, 1989), a expressão etnodesenvolvimento foi substituída por "auto-desenvolvimento indígena", aparentemente porque os participantes indígenas do simpósio organizado pelo Grupo de Trabalho Internacional para Assuntos Indignas "nãao gostaram do conceito de'- etnodesenvolvimento' e preferiram conceber desenvolvimento como um tipo de auto-determinação" (ibidem, p. 10). Leituras antropológicas críticas de ideologias/utopias ocidentais colocam dilemas que podern atingir nossas próprias predileções políticas. Responsabilidade social, transparência e presta̧ão de contas, per exemplo, claramente não são categorias universais. No seu estudo comparativo de burocracias, Herzfeld concluiu que essas categorias formam "uma amálgama socialmente produzida, culturalmente sacurada de idéias sobre pessoa, presença e política. [Seus] significados sao culturalmente específicos e sua operação é restringida pelas formas mediante as quais seus operadores e clientes interpretam suas ações. Sua administração de identidade pessoal ou coletiva não pode se tornar independence da experiência social" (op. cit., p. 47).
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52. Herzfeld, op. cit., pp. 19-20.
53. Ibidem, p. 119.
54. Rist, op. cit., p. 243.
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